Senhor nesta sexta feira santificada pela tua paixão, pelas tuas lagrimas eu pecador atrevi-me a ler os seus Evangelhos e a ler em voz alta a mensagem do teu martírio atrevi-me a tanto porque procurava uma mensagem para minha consciência, para minha alma e queria que outros a encontrassem e que outros percebessem o quanto és vivo, real e infinitamente consolador queria que outros sentissem a tua presença, neste mundo que parece novo, mas que é tão velho em seu materialismo impiedoso ao passo que tu te renovas a cada dia no teu imenso amor e no teu generoso perdão este mundo que se perde no emaranhado técnico e cientifico sem saber evitar que as próprias maquinas que deveriam libertar o homem não servem senão para escraviza-lo e opressores e oprimidos igualmente se temem e se coagem porque o célebro humano avança pelos séculos, mas o coração não progride há dois mil anos.
Senhor eu permiti a minha boca mentirosa repetir a verdade divina da tua boca para fazer sentir que tu fostes crucificado hoje, ainda agora que o ceu ainda se cobre de trevas, estremecem as entranhas da terra porque estamos diante de ti e não somos mais sábios que os fariseus, os escribas e os príncipes dos sacerdotes que te pregaram na cruz não tendo sabido tornar este mundo digno dos teus injetados enquanto a dos teus enjeitados, teus inocentes e teus pobrezinhos forem maltratados TU estás diante de nós e nós não sabemos o que ser diante de ti, o que fazer diante de ti. Dizemos como judas que te entregou aos soldados por trinta dinheiros, como Pedro que te negou 3 vez ou como Anás que te vestiu de branco e te levou a pilatos ou como pilatos que lavou as mãos ou como Simão Cireneu que te ajudou a carregar a tua cruz ou como Tomé que teve que apalpar as tuas chagas para crer em ti e porque não sabemos o que fazer contigo tu gemes no crucifico em casa sala de jantar por cada irmão que se volta uns contra os outros e o egoísmo de cada um faz a cegueira de todos como se nunca tivesse existido um sermão da montanha como se nunca uma virgem tivesse chorado lágrimas de sangue caídas por terra aos pês de uma cruz. Senhor se algum merecimento tiver diante de teus olhos, este meu ímpeto rude mas sincero de chamar a outrem para perto de ti, permite me eu me atreva mais ainda e peça não para mim que sou pequeno, mas para cada pessoa que sofre neste momento, eu posso sentir na minha carne, no meu espirito o frêmito de otimismo que anima esta gente e para bem e gloria de teu nome.
Senhor não permitas que esta terra se torne forte pelo sacrifício dos fracos, se torne grande pela dor dos pequeninos, mas permite que com o progresso alcancemos a justiça com a ciência alcancemos a bondade com a riqueza a caridade e nunca o fausto dos ricos signifique a miséria dos pobres e nunca exerçamos qualquer forma de opressão entre nós mesmos ou sobre outros povos.
Porque toda a Roma tem seu declínio toda a Babilônia sua queda, o seu opróbio. Mas o amor e a verdade que ensinaste desafia os séculos e ficam sempre de pé. Senhor que viestes ao mundo num estábulo aquecido pelo calor dos animais do campo e que morreste crucificado ante os olhos ardentes da tua virgem Maria. Senhor enxuga as lágrimas de todas as mães. E para todo o pobre que nasce entre os andrajos Senhor faz surgir, faz brilhar uma estrela no céu.
Meu jugo é suave
Meu fardo é leveOh vós que estais famintos, maltratados, cansados, abandonados
Vinde a mim EU os aliviarei.
Autoria - Diaroni/Roberto Faissal – Vida de Cristo radio nacional
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